MATERIAL EXTRAÍDO DAS APOSTILAS DAS FACULDADES EDUCON / FAEL
EMENTA
A
construção dos conceitos da área de Ciências Naturais. A perspectiva histórica
de cidadania/educação/saúde. O impacto da utilização de novas tecnologias no
meio ambiente. O conhecimento científico.
Carga Horária: 40 horas
OBJETIVOS
·
Refletir sobre a responsabilidade de cada
cidadão com o meio ambiente, e a função social da escola referente a esta
temática.
·
Interferir positivamente no meio educacional
e, portanto, no processo que a longo prazo irá melhorar a qualidade do meio
ambiente e conseqüentemente a saúde do povo inserido ali é também o papel da
escola.
·
Desenvolver atividades e projetos que irão
possibilitar a construção de ações e suas performances a respeito do meio
ambiente e, portanto da sua própria condição de vida.
CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
· Educação
Ambiental no Ensino Fundamental: subsídios teóricos
· Marco
histórico e conceituai da questão ambiental e educação
· ambiental
· Meio ambiente
e seus elementos
· A
transversalidade da questão ambiental nas diversas áreas do conhecimento
· A tecnologia,
os impactos ambientais e a saúde
· Planejamento:
orientações didáticas
INTRODUÇÃO
E sabido que tanto as questões
relativas ao ambiente, como as da saúde, devem ser discutidas como um tema itransversal.
Mas, o que significa essa transversalidade?
O surgimento de problemas
socioambientais como ameaçadores à sobrevivência da vida na Terra é um fenómeno
relativamente novo para a humanidade. A medida que o ser humano se distanciou
da natureza, essa passou a ser observada como uma gama de recursos disponíveis,
capazes de serem transformados em bens consumíveis. No decorrer de apenas
algumas décadas esse "modelo" apresentou sintomas de que não era sustentável.
Três fatores podem ser apresentados
que justificam a insustentabilidade.
Primeiro: os recursos
naturais são finitos e não suficientes para atender às crescentes demandas das
sociedades de consumo.
Segundo: apenas uma
pequena parcela da população humana, tem acesso ao bem estar aparente,
fornecido por esse consumo, sendo que a grande maioria luta apenas para sobreviver,
enfrentando os problemas ambientais causados pelo modelo económico.
O
terceiro
fator está diretamente ligado à própria espécie humana, que depende do todo
para sua sobrevivência neste planeta. É a espécie que intervém de forma
consciente na natureza o que poderá fazer de forma benéfica, ou não.
E nessa perspectiva, tanto a questão
ambiental como o ensino de saúde tem sido um desafio para a educação, no que se
refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de
atitudes e hábitos de vida.
Como e quando o professor poderá trabalhar
essas questões de forma a contribuir com essa mudança?
A
flora (vegetais) e a fauna (animais) são exemplos de recursos naturais renováveis:
uma planta ou animal podem ser reproduzidos, "teoricamente", de forma
infinita, a partir de seus "pais".
Os
minerais, como por exemplo, o minério de ferro, estão classificados como
recursos naturais não renováveis. Outro exemplo é o petróleo, que se não renova
após seu uso, um dia, esgotar-se-á no planeta.
Retomando
o processo histórico, vemos que o uso do fogo constituiu-se em um dos primeiros
passos e que foi decisivo no domínio sobre a natureza, na medida em que
possibilitou a ampliação do número de produtos utilizados na alimentação e a
forma de consumi-los.
Com
o aumento da demanda de alimentos, a agricultura passou por uma fantástica
revolução tecnológica, permitindo o surgimento de todas as técnicas básicas de
uso do solo para a produção.
Quando
o homem deixou de ser nómade, fixando-se em um certo lugar, estabeleceu-se uma
comunidade e um maior conhecimento do meio ambiente que o cercava. Não ocorria
um avanço significativo do impacto destrutivo da ação humana, o que ocorria era
em nível suportável.
Pode-se
considerar um momento revolucionário na história da humanidade, o surgimento
do capitalismo industrial o que demanda o surgimento de uma nova forma de
organização social e de apropriação da natureza. Tendo como centro o espaço
urbano e baseado numa tecnologia altamente consumidora de energia e
matérias-primas, essa economia industrial supõe um mercado em permanente
expansão, em que produzir cada vez mais passa a ser uma necessidade inerente ao
próprio sistema, no sentido de garantir o processo de acumulação de capital, no
interior do capitalismo.
Em
relação à natureza, a dilapidação crescente dos recursos naturais significou um
impacto destrutivo, a ponto de ameaçar a própria natureza.
Considera-se
que a Revolução Industrial
trouxe benefícios para a humanidade, mas o desenvolvimento de novas
tecnolo-gias deixa como subprodutos: a degradação do solo, das águas, do ar e o
esgotamento de recursos naturais.
O
antropocentrismo
levou
o homem a um tipo de comportamento predatório, consumis-' ta e irracional, que
não somente coloca em risco "sua casa" e tudo o ' que ela contém, mas
também a sua própria sobrevivência (SEARA & FILHO, 1987, p. 40).
Essa
postura antropocêntrica passa a ser considerada a partir do momento que o homem
intervém na natureza, com tendência a considerar apenas a sua integridade,
valorizando-se em detrimento das outras espécies.
Assim,
analisando-se a questão ambiental em uma perspectiva histórica, percebe-se que
os problemas ambientais estão interligados com o processo civilizatório da
humanidade.
O
debate acerca desses problemas também não é recente, porém, em cada momento
ligado a uma concepção. Nos anos 60, por exemplo, a bandeira de luta do
movimento ambientalista fundamentava-se na espiritualidade, na paz, no feminismo
e na ecologia.
Até
então, segundo Saito (2002), a Educação Ambiental era desenvolvida a partir de
um enfoque naturalista, com a inserção de tópicos ambientais no ensino de
Ciências, buscando, em alguns casos,
uma integração com a
Geografia e a Educação Artística, tendo na Psicologia o apoio para consolidar a
concepção sobre a importância de promover a sensibilização das pessoas para as
questões ambientais.
O meio ambiente era definido como aquele que rodeia os
organismos e com o qual eles entram em contato: o solo, o calor, o frio, o
vento, os inimigos e parasitas, os amigos e os seres semelhantes (DIOZHKIN,
1983).
Essa
Concepção apresentada pela Ecologia clássica, é pouco abrangente e reduz o conceito de meio ambiente aos seus
aspectos naturais, não permitindo apreender as interdependências, nem a
contribuição da Ciências Sociais à compreensão do mesmo (DIAS, 1992).
Se
analisarmos o contexto histórico do nosso País, nas décadas de 60/70,
encontramos o Regime Militar que coibia o debate político e as ações coletivas.
A temática social não fazia parte da pauta educacional. A questão ambiental, na
realidade representava um obstáculo à consolidação da nova "ideologia
nacional" baseada na busca desmedida do desenvolvimento econômico. O meio
ambiente era desprovido de debate político que articulasse as questões
ambientais com as socioeconômicas.
Em nível global, nos meios intelectuais,
discutia-se a ação do homem sobre o meio ambiente e, pela primeira vez,
afirmava-se que a natureza passava a
impor limites à sociedade.
Começava-se
a revelar à sociedade moderna, uma preocupação ligada ao desenvolvimento social
e económico implementado por essa própria sociedade produtora de mercadorias e
de consumo, que era responsável por colocar em risco a sobrevivência do planeta.
Clube de Roma: Dentre os movimentos e iniciativas
entre os anos 60 e 70, destaca-se a fundação Clube de Roma, ocorrida em abril
de 1968. Na ocasião, representantes de dez países encontraram-se na Itália a
convite de Arillio Perecei, um empresário preocupado com as questões
económicas e ambientais. Pela primeira vez reúnem-se pessoas de várias áreas de
atuaçáo - cientistas, pedagogos, industriais, economistas, funcionários
públicos, humanistas, entre outros, instigados por uma ideia desafiadora: debater
a crise atual e futura da humanidade.
Produziu-se
uma série de relatórios com
conclusões bastante preocupantes. Um deles, chamado "Limites do
Crescimento", publicado em 1972, apresenta um modelo inédito para a
análise do que poderia acontecer se a humanidade náo mudasse seus métodos
económicos e políticos. A conclusão foi assustadora:
caso
se mantivesse o ritmo de crescimento a qualquer custo com busca da riqueza e do
poder sem fim, sem levar em conta o custo ambiental desse procedimento
chegar-se-ia a um "limite do crescimento" ou, na pior hipótese, ao
colapso do mesmo.
O
documento recebeu uma série de críticas, mas cumpriu a missão de propor um
modelo de análise ambiental global e, sobretudo, de alertar a humanidade para
os problemas do meio ambiente.
Nas
últimas décadas do século 20,
a ação predatória do homem resultou no aquecimento da
terra, na destruição da camada de ozônio, no comprometimento da qualidade das
águas e dá atmosfera, na destruição das florestas e dos solos, dos combustíveis
renováveis e não renováveis, na
produção de substâncias nocivas à vida e à biodiversidade, colocando em risco a
existência do homem e do próprio planeta.
Vamos
aqui interromper essa sequência, pois é importante entendermos o significado de
Biodiversidade-variedade de vida no planeta Terra. Termo que se refere à
variedade de genótipos, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e
processos ecológicos existentes em uma determinada região.
Qual
a solução apresentada pelo Clube de Roma a essas questões? O fim do crescimento. Entretanto essa
solução não podia ser considerada satisfatória, principalmente pelos países
considerados como não desenvolvidos ou em fase de cresciento. Evidenciava-se,
dessa forma, a necessidade de colocar a discussão'em outros termos, ou seja,
não se tratava de simplesmente negar a
possibilidade de crescimento, mas de questionar o tipo de
desenvolvimento existente e construir um outro tipo de desenvolvimento
económico e social.
Sob
o impacto do citado relatório, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou,
entre 5 e 16 de junho de 1972, em. Estocolmo (Suécia), a Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente Humano, que atraiu delegações de 113 países
(inclusive o Brasil). Conhecida como Conferência de Estocolmo, alertou o mundo
para a gravidade da destruição ambiental o que, fatalmente, conduziria a
catástrofes inevitáveis como consequência da estratégia de crescimento a
qualquer preço, presente nas relações de apropriação mundial dos recursos e na
utilização de sistemas tecnológicos altamente agressivos à natureza e à
população.
Destaca-se
também corno resultado desse evento mundial, a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), que foi instalado no mesmo ano, com sede em Nairobi
(Quénia). Além disso, foi recomendada a criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), destinado a
promover nos países membros a reflexão, a ação e a cooperação internacional no
enfrentamento da ameaça de crise ambiental no planeta.
Destaca-se
ainda um documento importante, resultante do Seminário Internacional de Educação Ambiental, realizado em Belgrado
(lugoslávia), a Carta de Belgrado. Discutida em 1975, parte do
pressuposto de que o desenvolvimento da Educação Ambiental é um dos elementos
vitais para a solução da crise do meio ambiente mundial.
Preconizava
a necessidade de uma nova ética global, capaz de promover a erradicação da
pobreza, da fome, do analfabetismo, l da poluição, da exploração e da
dominação humana e censurava o desenvolvimento de uma nação às custas de outra,
acentuando a premência de formas de desenvolvimento que beneficiassem toda a
humanidade (SGUAREZZI, 1997).
Em
1977, ocorreu a I Conferência
Intergovernamental sobre Educação Ambiental, promovida pela UNESCO, em Tbilisi,
Geórgia. Esta Conferência é considerada o grande marco das discussões
sobre Educação Ambiental no mundo, tendo contribuído para preservar a natureza
da mesma, definindo seus princípios, objetivos e características, formulando
recomendações e estratégias pertinentes ao plano regional, nacional e
internacional.
Nesse
documento indicavam-se os pressupostos para o desenvolvimento da Educação
Ambiental no mundo, dos quais destacaremos os seguintes objetivos:
· permitir que
o ser humano compreenda a natureza complexa do meio ambiente, resultante das
interações dos seus aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais;
· ela deve
facilitar os meios de interpretação da interdependência desses diversos
elementos, no espaço e no tempo, a fim de promover uma utilização mais reflexiva
e prudente dos recursos naturais para satisfazer as necessidades da humanidade;
· favorecer, em
todos os níveis, uma participação responsável e eficaz da população, na
concepção e aplicação das decisões que põem em jogo a qualidade do meio
natural, social e cultural.
Os aspectos
biológicos e físicos constituem a base natural do meio ambiente; as dimensões
socioculturais e econômicas definem as orientações e os instrumentos
conceituais e técnicos com os quais o homem poderá compreender e utilizar
melhor os recursos,da natureza, para satisfazer as suas necessidades.
São
apontados como características importantes para se trabalhar às questões
ambientais:
· o enfoque
educativo interdisciplinar e orientado para a resolução de problemas; a
integração com a comunidade; ser permanentemente orientado para o futuro.
· adaptar-se à
realidade sociocultural, económica e ecológica de cada sociedade e de cada
região e, particularmente, aos objetivos do seu desenvolvimento.
Nesse
contexto, o ambiente passa a ser
concebido como:
O
lugar determinado ou percebido onde os elementos naturais e sociais estão em
relações dinâmicas e em
intera-ção. Essas relações implicam processos de criação
natural e tecnológica, e processos históricos e sociais de transformação do
meio natural e construído (REIGOTA, 1991, p. 37).
Meio Ambiente e seus elementos
De
qualquer forma, o termo "meio ambiente" tem sido utilizado para
indicar um "espaço" com seus componentes bióticos e abióticos e suas
interações. Nele um ser vive e se desenvolve, trocando energia e interagindo
com ele, sendo transformado e transformando-o. E importante que destaquemos
que, no caso do ser humano, soma-se ao espaço físico e biológico o
"espaço" sociocultural.
É
de extrema importância que se entenda o significado dos termos biótico e
abiótico.
Bios,
significa vida, assim, componentes bióticos são seres vivos: animais (inclusive
o homem), vegetais, fungos, protozoários e bactérias, bem como as substâncias
que os compõem ou são geradas por eles. O termo abióticos, significa não vida.
Componentes abióticos são a água, gases atmosféricos, sais minerais e todos os
tipos de radiação.
E
importante que você professor(a), trabalhe essa questão de forma estratégica.
Para tanto sugere-se que envolva os alunos em observações do espaço próximo, pedindo
para que avaliem e registrem se existem elementos que podem ser considerados
sem a intervenção do homem. Um dos objetivos dessa observação é possibilitar
uma reflexão para o fato de que não existe uma natureza intocada pelo homem,
uma vez que a espécie humana faz parte da trama toda da vida no planeta e vem habitando e interagindo com os mais
diferentes elementos considerados naturais, ou são produtos de uma interação
direta com a cultura humana, ou provêm de ambientes em que a atuação do homem
não parece evidente porque foi conservativa e não destrutiva, ou ainda consistem
em sistemas nos quais já houve regeneração, após um tempo suficiente (BRASIL.
Minstério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e
Saúde, adaptado, p. 32).
Dando
continuidade à questão estratégica, peça aos alunos que nesse trabalho de
observação do espaço próximo, registrem o que consideram elementos produzidos
ou transformados pela ação humana. Um dos objetivos é permitir que o aluno
identifique a forma como se realiza a ação do homem na natureza, sobre como se
constrói um patrimônio cultural.
Nesse
momento cria-se um espaço que permite discutir a necessidade, por um lado, de
preservar e cuidar do patrimônio natural para garantir a sobrevivência das
espécies, a biodiversidade, conservar de forma saudável os recursos naturais
como a água, o ar e o solo, e, por outro lado, preservar e cuidar do patrimônio
cultural, construído pelas sociedades em diferentes lugares e épocas.
Quando
protegemos o ambiente estamos preservando ou estamos conservando?
O
termo proteção tem sido
utilizado por vários especialistas para englobar os demais termos utilizados
para indicar formas cuidadosas de se lidar com o meio ambiente, como
preservação, conservação, recuperação, etc. Para eles, essas são formas de
proteção.
No
Brasil, estabeleceram-se as áreas de proteção ambiental (APA’s), que são
espaços do território brasileiro, assim definidos
e
delimitados pelo poder público (União, Estado ou Município), cuja proteção se
faz necessária para garantir o bem estar das populações presentes e futuras e o
meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Preservar é proteger contra a destruição e qualquer
forma
de
dano ou degradação de um ecossistema.
O
Código Florestal estabelece áreas de preservação permanente, ao longo dos
cursos d'água (margens de rios, lagos, nascentes a mananciais em geral),
ficando impedidas de qualquer uso.
Conservação é a utilização racional de um recurso
qualquer, de modo a se obter um rendimento considerado bom, garantindo-se
entretanto sua renovação ou sua auto-sustentação.
Para
a legislação brasileira, "conservar" implica manejar, j usar com cuidado, manter; enquanto
"preservar" é mais restritivo: significa não usar ou não permitir
qualquer ! intervenção humana significativa (BRASIL. Ministério da
Educação. PCN’s - Meio Ambiente e Saúde, 1998, p. 36).
A transversalidade da questão ambiental nas diversas áreas do
conhecimento
Considerando-se
que a prática pedagógica, na perspectiva da Educação Ambiental, deve possibilitar
o desenvolvimento de uma consciência crítica da realidade, em que os fenômenos
complexos possam ser observados, entendidos e descritos no confronto de olhares
plurais, torna-se importante discutir a multidisciplinaridade, a
interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, enquanto possibilidades
metodológicas que buscam dar conta da relação entre parte e todo no processo
pedagógico.
Assim, o que
significa trabalhar multidisciplinarmente?
A multidisciplinaridade implica a
contribuição de diferentes disciplinas na análise de um objeto que, no
entanto, mantêm seu ponto de vista, seus métodos, seus objetos, sua autonomia,
ou seja, limita-se à justaposição das ciências ou à colaboração de
especialistas de diferentes disciplinas e a uma integração de recortes
selecionados da realidade. E o que se observa quando a escola trabalha um tema
único sem, contudo, haver uma integração dos conhecimentos das diferentes
disciplinas.
Vamos
tornar um exemplo concreto citado por Nogueira (2001), para entendermos essa
questão.
O tema Copa do Mundo:
•
o professor de Matemática realizou com seus alunos a medição das bandeiras dos
países participantes da Copa e estabeleceu a relação entre essas medidas;
•
o professor de Geografia solicitou uma pesquisa sobre algumas capitais dos
países participantes;
•
já o professor de Língua
Portuguesa pede urna redação sobre
a Copa;
•
em Ciências pediu-se que os alunos fizessem uma pesquisa sobre o país mais
poluído.
Sem
integração entre os conhecimentos, as bandeiras medidas em matemática não
corresponderam aos países que o professor de geografia solicitou na pesquisa. A
redaçâo enfocou o cache dos jogadores e a poluição que foi estudada em Ciências
não envolveu nenhum dos países trabalhados nas outras disciplinas.
Prestem
atenção que se trabalhou o tema com uma abordagem fragmentada. Esse
encaminhamento certamente dificultará aos alunos a percepção das relações
existentes entre as diferentes áreas do conhecimento.
Como trabalhar de
forma interdisciplinar?
A
interdisciplinaridade é um processo de conhecimento que busca a cooperação
ativa entre áreas do saber, permitindo o intercâmbio e o enriquecimento na
compreensão e explicação do universo a ser pesquisado. Supõe, portanto, a
decisão intencional de se estabelecerem nexos e vínculos existentes entre as
várias disciplinas de modo a privilegiar todos os aspectos: históricos,
políticos, econômicos, socioculturais na compreensão da dinâmica ser humano/ambiente, concretizada no
diálogo/confronto entre os diversos saberes, científicos ou populares, de forma
que possam emergir novas formas de interpretar a realidade.
Professor(a), uma estratégia para se trabalhar
de forma interdisciplinar as questões ambientais é a realização de projetos abordando
um tema. Um tema preocupante e, que ainda está distante de ser solucionado
ambientalmente, é a questão dos resíduos sólidos (lixo). Trabalhar esse tema em
forma de projeto, permite
exercitar não apenas conteúdos conceituais, mas também os procedimentais e
atitudinais.
O
professor de ciências, poderá discutir com seus alunos os problemas causados
pelo lixo, as possíveis formas de minimizá-los e realizar, entre outras
atividades, a reciclagem de papel. O professor de Matemática poderá utilizar os
conceitos da disciplina para calcular o número de árvores necessárias par
suprir o consumo individual de papel de cada aluno, de toda a turma, e discutir
possíveis maneiras de reduzir o consumo e consequente impacto negativo no
ambiente.
Na transdisciplinaridade, as relações
vão além da integração das diferentes disciplinas, propondo um sistema sem
fronteiras, tornando-se impossível distinguir onde começa e onde termina uma
disciplina. Assim, os projetos transdisciplinares deverão articular escola e
sociedade, respondendo à demanda da localidade, da região ou do Estado;
contemplando temas, como por exemplo, violência no trânsito, preservação ambiental,
distribuição da terra, saúde coletiva, desemprego. Dessa forma estaremos
atendendo a uma demanda dos alunos (e não das disciplinas). Portanto, os alunos
poderão se organizar com os professores de diferentes áreas para coletar dados,
entrevistar a comunidade, sistematizar informações, elaborar relatórios,
produzir material para divulgação, divulgar resultados e realizar ações com a
comunidade. A partir desse processo, o aluno poderá confrontar o conhecimento
do senso comum com o conhecimento científico, estabelecendo relações entre eles
e construindo respostas criativas para problemas práticos a partir da
descoberta das conexões entre os diversos campos do conhecimento.
Professor(a) Considere que na escola onde você
é professor(a), decidiu-se discutir a preservação do espaço escolar. Como deve
,ser estruturado o trabalho pedagógico?
Se
você pensou em um diagnóstico
acertou. O trabalho pedagógico pode ser estruturado a partir de um diagnóstico da situação atual, com
vistas a caracterizar a realidade escolar e identificar possíveis
soluções/estratégias de intervenção com relação aos problemas detectados.
Apresentamos
a seguir algumas sugestões que podem ser incluídas no diagnóstico:
•
indicar a necessidade de uma vistoria nas instalações hidráulicas, sanitárias e
elétricas;
•
analisar o consumo de água, energia e
papel nos
últimos
meses;
•
proceder à avaliação da merenda escolar, considerando a qualidade nutricional,
as condições de higiene
durante
o preparo e consumo dos alimentos, e o desperdício da mesma;
•
avaliar a limpeza da escola;
•
avaliar condições de ventilação e iluminação;
•
a existência de áreas verdes e de lazer.
Assim,
o trabalho pedagógico pode contribuir para a melhoria do ambiente da escola,
incluindo-o como um "espaço educativo", estimulante, prazeroso,
podendo ser solicitado pela comunidade, para além do tempo obrigatório. Passa
a ser, então, um espaço de articulação
com a sociedade.
A Transversalidade no ensino de Ciências
Aprender
Ciências é, antes de mais nada, desenvolver a capacidade de pensar
conceitualmente. O conteúdo de Ciências não se restringe aos fatos observáveis,
como também remete às teorias sobre os fatos observados.
Dessa forma,
é importante que você professor(a):
atue
de forma a criar situações de aprendizagem em que os alunos possam pensar sobre
os fatos que observam;
proponha
atividades onde os alunos possam, juntos e observando determinado fenômeno,
levantar hipóteses, criar teorias explicativas e tirar conclusões ou não, sobre
suas próprias observações e as dos colegas;
para
que ocorra um avanço qualitativo, oportunize que os alunos pensem sobre suas
hipóteses e "teorias" espontâneas, e percebam a necessidade de
reformulá-las;
para
tanto, disponibilize aos alunos uma diversidade de informações, isso é
importante para que o aluno possa fazer comparações com as suas próprias
hipóteses e consequentemente repensar sua "teorias". Ao construir uma
nova teoria, um novo conhecimento, o aluno utiliza-se de conhecimentos já
acumulados e da sua capacidade de pensar, pois toda e qualquer teoria é
construída a partir do pensamento.
Os diversos
aspectos que envolvem o processo de aprendizagem em geral e os conteúdos
relativos às ciências em particular, objetivando o desenvolvimento do pensamento crítico sobre as questões ambientais,
devem sempre estar relacio-«, nados a
um modo de ver o mundo em que se evidenciam as "' interrelações e a interdependência dos
diversos elementos que entram na constituição da vida no nosso planeta.
Os
PCN’s apontam as Ciências Naturais como promotoras da Educação Ambiental em
todos os seus eixos temáticos e indicam que essa área do conhecimento reconhece
o ser humano como parte integrante da natureza, relacionando sua ação às
alterações dos recursos e ciclos naturais, abordando os limites desses recursos
e as alterações nos ecossisternas e apontando para a necessidade de planejamento a longo prazo. Indicam
também a relação existente entre os impactos ambientais e as questões
econômicas, políticas e sociais. As Ciências Naturais fornecem subsídios para a
discussão sobre a sustentabilidade planetária, a partir de uma análise das
possíveis soluções para as questões da agricultura, do manejo florestal, da
questão do lixo, do saneamento básico e da poluição.
E
importante ressaltar que, embora os PCNs apontem para uma visão de meio
ambiente em que os aspectos sociais, culturais e políticos são considerados, na
prática, muitas vezes, observa-se uma tendência a reduzir a questão ambiental
ao aspecto meramente ecológico, o que pode ser reconhecido tanto no
encaminhamento em alguns livros didáticos, como no encaminhamento nas aulas de
alguns professores.
Nossa
proposta neste material, é para que você professor(a) fique atento ao
aprendizado propiciado ao aluno. Observe se esse possibilita aos alunos o
desenvolvimento de uma compreensão do mundo ë da questão ambiental a partir de
um processo contínuo de colher e processar informações, avaliar situações,
tomar decisões e ter uma postura crítica em relação ao seu meio sociocultural-ambiental.
Não
se esqueça de que para que isso possa ocorrer, é necessário o desenvolvimento
de atitudes e valores tanto quanto o aprendizado de conceitos e procedimentos.
Trabalhando alguns Conceitos
Reconhecida
a complexidade de se trabalhar de forma interrelacionada as questões ambientais
e tendo-se como critério que os conteúdos devam ser trabalhados de forma a permitir uma visão integrada da realidade,
especialmente sob o ponto de vista socioambiental, vamos destacar alguns
conceitos importantes, mais diretamente ligados aos conteúdos da disciplina de
Ciências.
1
Ecossistema:
unidade de natureza ativa que combina comunidades bióticas e ambientes
abióticos, com os quais interagem. Os ecossistemas variam muito em tamanho e características. Essa é definição
encontra-se no Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais.
Hertubia
(1980), cita:
Ecossistema é um sistema aberto, integrado por
todos os organismos vivos (incluindo o homem) e os elementos não vivos de um
setor ambiental, definido no tempo e no espaço, cujas propriedade globais de
funcionamento (fluxo de energia e ciclagem de matéria) e auto-regulação
(controlo) derivam das relações entre todos os seus compo-! nentes, tanto pertencentes aos sistemas
naturais, quanto aos criados ou modificados pelo homem.
Diante
dessa definição, vamos fazer alguns comentários.
Num
determinado local (ambiente) de nosso Planeta e num determinado instante,
existem seres vivos (bióticos) e não vivos (abióticosj). Se nesse ambiente o
interrelacionamento desses seres é imprescindível para sua convivência
harmónica, diz-se que o ambiente em questão é um ecossistema.
Os
seres vivos de um ecossistema realizam funções como respiração, alimentação e
produção, todos às custas do que ali existe, numa troca constante de energias.
Tal
troca depende de um número incontável de fatores ou reações de origem física,
química e biológica, dando-se em todos os instantes; assim, o meio está em
constante mutação, mas em constante equilíbrio energético.
Para
entendermos de forma concreta essa questão, vamos imaginar uma floresta.
Nela
encontramos plantas que como seres fotossintetizan-tes, são produtores do
alimento que garante, em última análise, a energia biológica necessária para a
subsistência dos diversos tipos de organismos que aí vivem. Abriga também.,
animais que se nutrem diretamente das plantas e outros que se nutrem de outros
animais! No solo, uma análise cuidadosa revela uma grande concentração de
microorganismos que se nutrem da matéria orgânica morta, decompondo-a e
transformando-a em sais; esses farão parte da nutrição mineral dos organismos
fotossintetizantes.
2
Produtores ou autótrofos: um organismo
consegue se manter vivo, a partir da energia química acumulada nos compostos
orgânicos que constituem os alimentos.
As
formas de vida capazes de elaborar esses alimentos, através de substâncias
inorgânicas simples obtidas do meio
ambiente, são denominadas produtoras ou autótrofas. Mas, quem são os principais
seres produtores no nosso exemplo de ecossistema, a floresta?
3
Fotossíntese:
significa etimologicamente síntese pela luz. Excetuando as formas de energia
nuclear, todas as outras formas de energia utilizadas pelo homem moderno provêm
do sol. A fotossíntese pode ser considerada como um dos processos biológicos
mais importantes para o planeta. Base da cadeia alimentar, como ocorre esse
processo?
E
na própria natureza que os vegetais encontram os "ingredientes" para
o processo da fotossíntese. Do ar, os vegetais retiram o gás carbônico(CO2).
A
água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e
chegam até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A
luz do sol, por sua vez, também i é absorvida pela folha através da clorofila,
substância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia
solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa
substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as
partes do vegetal. Utiliza parte desse alimento para viver e crescer, a outra
parte fica armazenada na raiz, no caule e nas sementes, sob a forma de amido.
Você sabe responder o
que a planta devolve para o ambiente durante esse processo?
Durante
o processo de elaboração da glicose, o "alimento" dos vegetais é
devolvido para o ambiente, o oxigênio (O2), um dos componentes do
ar, indispensável para a manutenção da vida. Por liberar oxigénio e consumir
dióxido de carbono, a fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável que
conhecemos hoje.
Uma
vez que a fotossíntese afeta a composição atmosférica, o seu entendimento é essencial para compreendermos
como o ciclo do CO2 e outros gases, que causam o efeito estufa, afetam
o clima global do planeta.
4
Consumidores ou heterótrofos: refere-se
aos organismos incapazes de produzir seu próprio alimento. Em vista disso,
nutrem-se dos produtores ou de outros consumidores. Assim teremos, o consumidor primário o organismo que
se nutre de um produtor; o consumidor
secundário aquele que se nutre de um consumidor primário; já o consumidor terciário obtém seu
alimento de um consumidor secundário, e assim, por diante.
5
Decompositores: de extrema importância nos ambientes, uma vez que se
nutrem de plantas e animais mortos, esses organismos, geralmente microscópicos,
(bactérias e fungos), desagregam a matéria orgânica morta, transformando-a em
compostos inorgânicos simples que são devolvidos ao meio ambiente podendo ser
reutilizados pelos produtores.
Mas
os componentes bióticos, acima
descritos, interagem com os componentes
abióticos que são os elementos ambientais que atuam diretamente sobre o
mundo vivo. Você saberia dizer quais são esses componentes abióticos?
1
Temperatura:
a influência da temperatura sobre os seres vivos é facilmente compreendida
quando lembramos da íntima relação estabelecida entre ela e a atividade das
enzimas, moléculas ativadoras do metabolismo celular. Em geral, observa-se que
a atividade enzimática duplica ou triplica a cada 10°C de aumento na temperatura
do meio em que a enzima atua. Mas existe um limite para a intensidade da ação
enzimática;
esse
limite é variável nos diversos seres vivos, mas de maneira geral, situa-se ao
redor dos 40°C .
Acima disso ocorre uma alteração na estrutura química da enzima e essa é levada
a um estado conhecido como estado de
desnaturação, perdendo suas propriedades biológicas e tornando-se
inativa.
2
Luz:
como já vimos anteriormente, é a fonte de energia para a fotossíntese, fenômeno
em que os organismos clorofilados sintetizam a matéria orgânica. E também por
meio da luz que os organismos dotados de visão interagem com o ambiente. Nos
ecossistemas aquáticos, a luz exerce uma influência marcante na distribuição
dos seres vivos. Analisando a penetração da luz nos mares, observa-se que ela
penetra muito bem até mais ou menos 100 metros de profundidade; a partir daí, a
disponibilidade de luz enfraquece de forma gradativa, desaparecendo
completamente. Dessa forma, quanto a luminosidade, os mares estão classificados
em três zonas assim distribuídas:
·
Eufótica: região bem
iluminada, estendendo-se da superfície até cerca de 100 metros de
profundidade.
·
Disfótica: região mal
iluminada, situada mais ou menos entre 100 a 200 metros de
profundidade.
·
Afótica: região
totalmente destituída de luz e, portanto, de organismos fotossintetizantes.
3
Água:
considerada solvente universal, a água, é o componente químico mais abundante
da matéria viva. E também um importante veículo de transporte de substâncias,
permitindo o contínuo intercâmbio de moléculas entre os líquidos extras e
intracelulares. Nos seres vivos, a evaporação da água, através de suas
superfícies, contribui para a manutenção da temperatura corpórea em níveis
compatíveis com a vida.
Continuando
o trabalho com esses conceitos, é de extrema importância que o professor(a)
entenda como se dá a transferência de energia de um organismo para outro, ou
seja:
O
fluxo de energia e matéria: vimos que um organismo vivo que não consegue
elaborar seu próprio alimento, precisa alimentar-se de outros organismos.
Assim, existirá um fluxo contínuo de alimento, isto é, dos produtores até os
decompositores, passando ou não pêlos consumidores. A esse processo
denominamos cadeia alimentar.
Cada
componente da cadeia, representando um grupo de seres vivos, é denominado nível trófico. Assim, os vegetais
formam o primeiro nível trófico, enquanto o organismo que se alimentar
diretamente dos vegetais formará o segundo nível trófico. O organismo que se
alimentar de quem se alimentou diretamente dos; vegetais, formará o terceiro
nível trófico. Não devemos esquecer que essa cadeia se inicia sempre com os
produtores e termina sempre com os decompositores.
Os
produtores são os organismos que captam diretamente a energia do sol. Por isso,
o fluxo energético desenvolve um trajeto no sentido:
produtores
→ consumidores → decompositores
Essa
transferência de energia, porém, não se dá de forma integral, pois acontece que
cada componente da cadeia consome, com suas atividades próprias, a maior parte
da energia adquirida com os alimentos. Logo, transfere-se para o nível trófico
seguinte apenas uma pequena parcela da energia recebida.
Isso
nos mostra que a energia apresenta um fluxo decrescente ao longo da cadeia
alimentar.
Pirâmide
de Energia:
vimos que a energia apresenta um fluxo decrescente ao longo da cadeia. Isso
quer dizer que, quanto mais distante dos produtores estiver um determinado
nível trófico, menor será a quantidade de energia útil recebida.
Então, vamos exercitar essa questão imaginando
a seguinte cadeia alimentar: na base da pirâmide encontramos gramíneas;
alimentando-se das gramíneas os insetos que por sua vez servem de alimentos
para os sapos; as cobras alimentam-se desses sapos; estes servirão de alimento
para os gaviões. Desenhe essa pirâmide.
O
fluxo decrescente de energia na cadeia alimentar justifica o fato de a
pirâmide apresentar o vértice voltado para cima. A base maior, indica que o
conteúdo energético é maior.
O que são ciclos biogeoquímicos?
As
transformações que ocorrem nos ecossistemas, ou seja, os movimentos cíclicos de
elementos e substâncias, que passam do mundo vivo para o mundo físico e
vice-versa, constituem os ciclos
biogeoquímicos. Dentre eles vamos destacar os ciclos do carbono, do
nitrogénio, do oxigênio e da água.
Ciclo do carbono
Presente
na estrutura de todas as moléculas orgânicas, o carbono é um elemento químico
essencial para a vida.
Mas
como esse elemento é encontrado na natureza? Encontra-se à disposição dos seres
vivos na forma de CO2 (gás carbônico), na atmosfera ou dissolvido na
água. Daí a importância dos vegetais, pois através da fotossíntese, o CO2
é fixado e transformado em matéria orgânica pelos produtores. Os consumidores
conseguem adquirir carbono por meio da nutrição. Tanto os produtores como os
consumidores, porém, perdem carbono através da respiração quando liberam o gás
carbônico, ou na cadeia alimentar ao servirem de alimento para um organismo
qualquer, no processo de excreção, ou quando entram em processo de decomposição
pela morte do organismo. O papel dos consumidores é de extrema importância
nesse ciclo, pois atuam sobre os detritos orgânicos liberando CO2,
que retorna à atmosfera, reintegrando-se a ela.
O ciclo do Carbono pode sofrer desequilíbrios
por meio da ação humana, como
as queimadas, a excessiva combustão dos derivados de petróleo, bem como pelo
desmatamento desenfreado.
Uma
grande ameaça, não só para a humanidade como para todo o planeta Terra, deriva
desse desequilíbrio. Você saberia dizer o nome dessa ameaça? Acertou se pensou
no efeito estufa.
Muitas
plantas e flores, que precisam de muito calor para se desenvolver, são
cultivadas dentro de estufas que são cobertas de vidro ou plástico. Os raios do
sol atravessam o vidro e aquecem a estufa, o teto e as paredes impedem que o
calor saia. Algo semelhante ocorre no nosso planeta. O planeta Terra
encontra-se rodeado por uma camada de gases invisíveis: os principais gases são
oxigénio (O2), o nitrogênio (N2) e o gás carbónico (CO2),
que são encontrados em
porcentagens diferentes no ar.
Os
raios do sol entram e a camada de gases prende o calor como se fosse um teto,
mantendo-o junto ao planeta. Isso é bom, pois os seres vivos necessitam de
calor para viver. Conhecido como efeito estufa, esse fenómeno sempre existiu e
sempre foi um regulador da temperatura da Terra. Sem o efeito estufa com
certeza as temperaturas médias da Terra seriam muito baixas o que dificultaria
a existência de muitas formas de vida.
Isso pode mudar? É necessário que cada um de nós,
a todo momento, faça essa pergunta, pois na realidade muita alteração tem
ocorrido nos gases que formam a atmosfera da Terra.
O que está acontecendo? As fábricas, pela
queima de combustíveis fósseis como derivados de petróleo, ou carvão e pela
queima de matérias orgânicas como madeiras vegetais, etc. liberam uma
quantidade muito grande de dióxido de carbono, o (CO2) no ar.
Acontece é que quanto maior é a concentração de dióxido de carbono na atmosfera
mais calor fica retido e a Terra fica mais quente.
PRESTE ATENÇÃO: O efeito estufa indesejável,
tem alterado consideravelmente a temperatura do planeta. Ele consiste na
retenção de calor por gases como o dióxido de carbono, metano, CFC’s.
Ciclo do nitrogênio
O
elemento químico (N2) nitrogênio, participa da constituição de
ácidos nucléicos, proteínas e clorofilas. Embora esteja
presente
em grande porcentagem no ar atmosférico, na forme de N , poucos são os
organismos que o assimilam nessa forma Apenas certas bactérias e algas
cianofíceas podem retirá-lo de ar na forma de N2 e incorporá-lo às
suas moléculas orgânicas. Como consequência, os demais seres vivos dependem
daqueles organismos para a fixação do nitrogênio do ar.
As
bactérias que fixam o nitrogênio diretamente da atmosfera vivem próximo à
superfície do solo. Ao morrerem e serem degradadas, essas bactérias liberam seu
nitrogênio no solo, na forma de moléculas de amónia. Outros tipos de bactérias
transformam a amônia em nitratos, é nessa forma que as plantas absorvem o
nitrogénio do solo, por meio de suas raízes. Os herbívoros obterão nitrogênio
ao comerem as plantas.
Certas
bactérias fixadoras de nitrogénio atmosférico, ao invés de viverem livres no
solo, vivem no interior dos nódulos que existem em raízes de plantas
leguminosas, como a soja e o feijão. Ao fixarem o nitrogénio do ar, essas
bactérias fornecem
parte
dele às plantas.
A
rotação de culturas é uma prática recomendável, porque as plantas leguminosas
colocam em disponibilidade o nitrogênio para outras culturas.
Ciclo da água:
A
água da Terra que constitui a
hidrosfera, encontra-se distribuída por três reservatórios principais:
os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação
contínua, que garante a renovação da água no planeta. É o ciclo da água ou ciclo hidrológico.
O
movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia solar e pela gravidade.
Na
atmosfera, o vapor de água que
forma as nuvens pode
transformar-se em chuva, neve ou granizo dependendo das condições climáticas.
Essa transformação provoca o fenômeno atmosférico ao qual se dá o nome de precipitação.
No
solo, a água pode atravessar as camadas, atraída pela força da gravidade, e
atingir um lençol freático de onde chega até um rio ou riacho. Parte da água
precipitada pode ser retida pelo solo e absorvida pelas plantas, por seu
sistema radicular. Nos vegetais, a perda de água ocorre por transpiração,
sudação ou transferência alimentar à cadeia de consumidores. Os animais, por
sua vez, participam do ciclo ingerindo a água de forma direta ou indiretamente
através dos alimentos. Nesses, a forma de eliminação da água pode ser por meio
da urina, das fezes, da respiração, do suor, etc:
A
ciência que estuda o ciclo hidrológico é a hidrologia e seus principais especialistas são os engenheiros
hidrólogos, um ramo da engenharia hidráulica ou engenharia hídrica.
Ciclo do oxigênio
O
oxigênio é um elemento indispensável para â manutenção da vida. Encontrado na
atmosfera na proporção de cerca de 21%, esse elemento captado pelos seres vivos
provém de três fontes principais: gás oxigênio (O2), gás carbónico
(CO2) e água (H2O).
As
plantas e os animais, captam o oxigénio do ar e utilizam-na na respiração.
Nesse processo, os átomos de oxigênio se combinam com átomos de hidrogénio,
formando moléculas de água. A água formada na respiração é em parte eliminada
para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes e, em parte
utilizada em processos metabólicos. Observe que, dessa forma, átomos de
oxigénio incorporados à matéria orgânica podem voltar à atmosfera pela
respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás
carbónico.
A
água também é utilizada pelas plantas no processo da fotossíntese. Nesse caso,
os átomos de hidrogénio são aproveitados na síntese da glicose, enquanto, os
de oxigénio são liberados na forma de O2.
O
oxigênio presente no CO2 poderá voltar a fazer parte de moléculas orgânicas através da
fotossíntese.
Continuando
nosso estudo com o objetivo de que você professor, tenha uma visão integrada
dos conteúdos de Ciências, colocamos um texto sobre a camada de ozônio, para
que possamos refletir tendo uma visão integrada da realidade, especialmente
como já dissemos, na questão socioambiental.
Você
saberia explicar o que é a camada de ozônio e de que forma ela pode afetar a
vida no planeta? Ela é importante para os seres vivos?
O que ó camada de ozônio?
Em
volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais,
plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. E uma faixa
gasosa situada na estratosfera, entre cerca de 15 a 45 Km acima da superfície
terrestre. É um filtro a favor da vida, pois, sem ele, os raios ultravioleta
poderiam ser nocivos, aniquilando todas as formas de vida no planeta.
Nos
últimos anos, pesquisas científicas, vêm denunciando a sistemática corrosão da camada de ozônio, como conseqüência
da liberação de poluentes para a atmosfera. Entre eles, o mais comentado é o
CFC ou clorofluorcarbono, também conhecido como freon. Esse gás, criado em 1928, tem sido largamente empregado como
propelente de vários tipos de aerossóis; mas é também utilizado na indústria de
refrigeração - geladeiras e ar condicionado- bem como na fabricação de
plásticos porosos, esses usados nas embalagens de ovos, sanduíches e alimentos
congelados. Além do CFC, outros gases como os óxidos de nitrogênio, liberados
principalmente por jatos e automóveis, exercem efeito destrutivo sobre a camada
de ozônio.
Pesquisas recentes
indicam que se essa camada for destruída, uma considerável alteração no clima
do planeta irá ocorrer. A maior incidência dos raios ultravioleta sobre a
superfície terrestre provocará uni aumento no índice de câncer de pele ' na
humanidade. A radiação ultravioleta também deverá afetar a produtividade de
inúmeras culturas agrícolas e comprometer seriamente a atividade do
fitoplâncton, com reflexos evidentes sobres as cadeias alimentares dos
ecossistemas terrestres e aquáticos.
Na
atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural
que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem ao lado:
A tecnologia, os impactos ambientais e saúde
Pode-se
dizer que tudo começou com a Revolução
Industrial. Iniciadas na Inglaterra na metade do século 18, as mudanças
que ocorreram no processo produtivo tiveram desdobramentos não só econômicos,
mas também culturais, políticos e sociais. A substituição do processo
artesanal pelo industrial levou a uma demanda cada vez maior de máquinas.
Assim, a energia muscular foi substituída pela energia gerada pela combustão
do carvão e do petróleo. Uma quantidade maior de matérias primas passou a ser
consumida. Nesse processo, somaram-se à fuligem gerada pelas máquinas, também
os resíduos da transformação dessas matérias-primas.
A
indústria química também apresentou um progresso, levando à criação de uma
grande quantidade de produtos da natureza que ainda não eram conhecidos e de
uma infinidade de subprodutos, frequentemente tóxicos, que passaram a ser
descartados para o meio ambiente.
Agrotóxicos
O
uso de agrotóxicos aumentou rapidamente depois de 1950, em todo o mundo.
Ajudaram no aumento da produção, mas também trouxeram sérios problemas.
Muitos
agrotóxicos são tóxicos não apenas às pestes a que são empregados para
combater, mas também às pessoas e à vida selvagem. O número de envenenamentos
por pesticidas, em todo o mundo, deve chegar a 2 milhões a cada ano com mais de
40.000 casos fatais.
O
perigo reside também no fato de que os agrotóxicos aumentam a resistência dos
animais. Por volta de 1980, mais de 400 insetos desenvolveram resistência a
agrotóxicos, juntamente com mais de 100 espécies patogênicas às plantas e aos
numerosos roedores e vermes parasitas.
Os
agrotóxicos permeiam toda a cadeia alimentar, afetando os seres vivos e
contaminando os lençóis d'água.
Utilização de insumos químicos na agricultura
Para
melhorar a produtividade ou tentar assegurar os índices já obtidos de produção,
os agricultores costumam usar algum tipo de adubo ou fertilizante. Isso ocorre
até mesmo em solos que, por sua natureza química, não necessitariam da
aplicação desse recurso e cuja produção é baixa em função de outros problemas
não percebidos pelo produtor, tais como, problemas com a água, a luz, o ar e o
calor. Por entender que a fertilidade esta no solo e não no conjunto de
relações existentes entre todos os componentes do ambiente em que o alimento é
produzido, os produtores passaram a atribuir aos fertilizantes, papel de
destaque no processo produtivo. Porém, no conceito de agricultura sustentável,
a produção de alimento deve considerar a fertilidade do agroecossistema, de
modo que o foco esteja em todas as etapas do sistema produtivo e não apenas no
solo.
O
adubo mais simples e natural utilizado desde os tempos mais remotos é o esterco
que, misturado a restos vegetais e fermentado de forma correta, resulta no
composto orgânico. Esse processo, entretanto, é mais trabalhoso e requer local
apropriado para que possa ser empregado em larga escala.
Por
esse motivo, na agricultura moderna, passou-se a fazer uso dos fertilizantes
químicos. Com isso, as culturas menos rentáveis e as áreas destinadas à criação
de animais para produção de esterco foram substituídas por áreas de cultivo
mais rentáveis. Passaram a existir os sistemas de monocultivos, com grandes
áreas de cultivo intenso, como as de cana-de-açúcar, soja, laranja e café, que
dependem fortemente da utilização de insumos químicos, os conhecidos
agrotóxicos e fertilizantes.
Em
geral, o agricultor emprega a adubação química convencional, com fertilizantes
industriais à base de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Esses
elementos estão presentes também no esterco, porém, nos fertilizantes
químicos, suas concentrações são superiores às necessidades dos cultivos. O
desequilíbrio provocado pelo uso
massivo de fertilizantes, aliado muitas vezes ao excesso de água nos cultivos,
principalmente em áreas irrigadas, e à prática de monocultivo extensivo,
também pode enfraquecer a planta, tornando-a mais susceptível ao ataque de
pragas e doenças.
O
nitrogênio presente nos fertilizantes pode se acumular no solo e ser
transformado, por processos químicos, em nitrato, que é um composto
cancerígeno. O nitrato pode contaminar o solo e, pela ação da chuva ou
irrigação, ser conduzido para camadas mais profundas, chegando aos lençóis
subterrâneos e podendo até contaminar a água.
Os
fertilizantes químicos geralmente contêm metais pesados, como o cádmio,
extremamente agressivos. Por meio dos alimentos que comemos podemos armazenar
cádmio em nosso organismo, especialmente no fígado e nos rins, o que pode
favorecer a osteoporose, doença que enfraquece os ossos.
Outra
preocupação, que afeta diretamente a saúde das pessoas, está relacionada ao uso
de fertilizantes naturais provenientes dos resíduos gerados pela suinocultura
e pela avicultura e à falta de utilização de métodos de compostagem adequados
para essas formas de adubação orgânica. Embora os nutrientes presentes nas
fezes (esterco) e na urina desses animais tenham seu uso incentivado para a
adubação orgânica, também apresentam perigos de contaminação ambiental decorrentes de sua forma de
armazenamento, distribuição e uso. Além disso, hormônios e antibióticos podem
ser eliminados com as fezes e a urina dos animais, sendo incorporados ao solo.
De
modo geral, recomenda-se a utilização do processo de compostagem de resíduos
orgânicos, que, quando conduzido de forma adequada, pode substituir a adubação
química com menor risco de contaminação biológica ou química e, consequentemente,
sem oferecer perigo à saúde do consumidor. Para que esses insumos sejam
utilizados de forma correia e seus resíduos não acabem por contaminar, rios,
lagos e mares, é fundamental que os produtores recebam orientações.
Manejo Integrado de Pragas
E
uma técnica que vem auxiliando na redução do uso de agrotóxicos. Essa técnica
emprega métodos culturais, biológicos e químicos, formulados em programas que
levam em consideração as características do ambiente onde será aplicado. Esses
programas podem estimular, por exemplo, as práticas de rotação de cultivos (não
repetir o plantio da mesma espécie na safra seguinte) e o cultivo consorciado
(diferentes espécies plantadas na mesma área) com a finalidade de controlar a
proliferação de pragas.
Essas
práticas já deram resultados concretos. Em sete anos foi possível reduzir o uso
de agrotóxicos em mais de 80% na produção de feijão, no Brasil.
Outro
método eficaz é o controle biológico aplicado, que introduz agentes de controle
natural (fungos, bactérias e predadores) que se encarregam de realizar o
controle populacional das pragas na lavoura, mantendo-as em níveis aceitáveis.
O
uso de agrotóxicos é recomendado, desde que isso seja imprescindível. Seu uso
deve ser orientado por indicadores que refletem o conhecimento da dinâmica das
pragas das culturas e das necessidades econômicas para sua produção, entre
outros. Essa orientação irá reduzir as aplicações dos agrotóxicos.
Manipulação genética
O
aumento das colheitas também tem sido possível graças aos cruzamentos de
plantas da mesma espécie ou aparentadas. Por exemplo, no trigo, conseguiu-se
alterar o conteúdo de proteínas e obter tamanhos maiores do que as variedades
tradicionais, que assim aumentaram as colheitas em quantidade e qualidade. Em
alguns países, a produtividade tem aumentado em até dez vezes nos últimos 100
anos.
A
alta produtividade desses novos tipos de trigo, assim como de outras variedades
de cultura concebidas dentro do modelo de produção da "revolução
verde", requer um aumento na quantidade de fertilizantes químicos, assim
como de agrotóxicos para o controle de pragas, com o que se ampliam o dano
ambiental os custos da produção.
Alimentos transgênicos
Técnicas
modernas de engenharia genética permitiram desenvolver novas espécies vegetais
a partir da introdução de genes de outros organismos, que na natureza não
poderiam fazer essa troca gênica. Os alimentos transgênicos são organismos
geneticamente modificados em laboratório, geralmente com a finalidade de se
tornarem mais resistentes a pragas e comercialmente mais produtivos, ou
permitirem o uso de determinados agrotóxicos. Assim, um gene de peixe, por
exemplo, pode ser introduzido na cadeia de DNA de um tomate para que esse
resista melhor a baixas temperaturas. Em todo o mundo já estão sendo
comercializados alguns alimentos transgênicos, como soja, milho, tomate,
beterraba, produtos lácteos e óleos, que contêm genes oriundos de porcos,
peixes, insetos, vírus e bactérias.
Existe
muita controvérsia em torno da disseminação dos alimentos transgênicos. Quem
defende a tecnologia argumenta que as modificações genéticas podem agregar
maior valor nutritivo e até eliminar características indesejáveis, como
redução do colesterol do ovo, por exemplo (conteúdo a revisar, segundo
pesquisas recentes o ovo é um alimento completo e não causa mal à saúde e sim a
gordura da fritura trans).
Os
que são contra a introdução de transgênicos na alimentação argumentam que ainda
há muito desconhecimento sobre os efeitos da manipulação genética e que esses
alimentos podem representar um sério risco para a saúde das pessoas e para o
meio ambiente.
Organismos
de defesa do consumidor defendem a rotulagem de todos os alimentos que
contenham algum ingrediente transgênico em sua composição, para facilitar a
identificação desses produtos e garantir ao consumidor o poder de decidir se
quer consumi-lo ou não.
Boa alimentação é sinônimo de
saúde
O estilo de
vida atual caracteriza-se por um padrão alimentar rico em alimentos
industrializados, com excesso de gordura, sal e açúcar e pelo sedentarismo.
Atualmente, as principais causas de doenças e mortes estão relacionadas às
doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão, diabetes,
doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. Para incentivar e
valorizar a produção e o consumo de alimentos saudáveis como verduras, legumes
e frutas, culturalmente referenciados e produzidos em nível local, o Conselho
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) articula a Iniciativa
Nacional de Incentivo ao Consumo de Verduras, Legumes e Frutas. As políticas
direcionadas à promoção da alimentação saudável devem contemplar as duas faces
da insegurança alimentar e nutricional: a desnutrição e a obesidade, além de
estimular o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para pequenos
produtores e agricultores familiares.
Os desmatamentos e a saúde
Os desmatamentos podem resultar em vários
problemas ambientais, como a erosão, o assoreamento dos rios, a deserficação e
a perda da fertilidade.
Você
deve estar se perguntando: mas qual a relação do desmatamento com a saúde?
•
Surgimento de epidemias: a queda da floresta, além de trazer riqueza para
aqueles que vivem do comércio de madeira, traz doenças que antes estavam
escondidas entre sua flora e fauna. A pouco tempo, notícias informavam que uma
nova doença, semelhante à dengue estava sendo transmitida via mosquito ao
moradores de uma capital localizada à beira mar. Numa análise feita pelos
pesquisadores locais, a causa do aparecimento desse novo vírus lera o
desmatamento do mangue nas proximidades dessa cidade. Também na Amazônia, com
a devastação da floresta, as pequenas cidades como Curionópolis e Eldorado dos
Carajás, registraram 6.000 casos de malária no ano de 1997;
•
Agravamento de doenças respiratórias: resultado das nuvens de fumaça geradas
nas queimadas;
•
Agravamento do efeito estufa: resultado da enorme quantidade de CO2,
que é liberada para a atmosfera quando da ocorrência de queimadas.
Saneamento ambiental
Definição
clássica: "Saneamento Ambiental é o conjunto de medidas visando a modificar as condições do meio ambiente com a
finalidade de prevenir doenças e promover a saúde".
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), Saneamento
ambiental é o controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem
ou podem exercer efeito negativo sobre seu bem estar físico, mental ou social.
Segundo a Comissão Nacional de Reforma Sanitária:
Saneamento ou
saneamento ambiental é o conjunto de ações sócio-econômicas que tem por
objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, por meio do
abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos
líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de resíduos
líquidos, sólidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso e ocupação
do solo, drenagem urbana, controle de vetores e de reservatórios de doenças
transmissíveis, e demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de
proteger e melhorar a condição de vida, tanto nos centros urbanos quanto nas
comunidades rurais mais carentes.
Saneamento e saúde
Segundo
a Organização Mundial da Saúde: "Saúde é um estado de completo bem-estar
físico, social e mental, e não apenas a ausência de doenças".
Doenças provocadas
pela água contaminada
Nos
países ditos em desenvolvimento, como o Brasil, uma grande parte da população
ainda usa água contaminada por fezes, urina e outros detritos. Por isso, as
infecções intestinais, como as disenterias bacterianas e a amebíase, são ainda
responsáveis pela morte de recém nascidos e crianças em geral. Outras
doenças como a hepatite infecciosa e a esquistossomose, que atacam não só as
crianças, mas também os adultos são causadas pela contaminação da água.
Os cemitérios e a contaminação de lençóis freáticos
Poliomielite,
meningite, hepatite, febre tifóide, infecções intestinais graves e outras
doenças endémicas e epidêmicas são apenas alguns exemplos do risco que correm
milhares de famílias, em todo o país, que consomem água de poços e nascentes
contaminadas pela decomposição de cadáveres de pessoas mortas por doenças
infectocontagiosas. O motivo da contaminação seria a baixa profundidade do
lençol freático e o não respeito a critérios geológicos e hidrogeológicos na
instalação dos cemitérios, pois essa foi feita de forma aleatória, uma vez que
a legislação não previa perímetros de proteção sanitária.
Portanto,
ainda há o risco da contaminação do lençol freático na maioria das cidades
brasileiras. Além da contaminação, existe ainda o problema da ocupação das
áreas próximas aos cemitérios por populações de baixa renda, que podem estar
utilizando essa água, através da utilização de poços. Além de estar convivendo
com a falta de esgoto, essas pessoas correm o risco de contrair doenças graves
e até mortais. As bactérias causadoras dessas doenças são transmitidas
diretamente, já que as crianças brincam descalças nos alagadiços e a água dos
poços é usada para lavar e cozinhar.
Qual
a solução?
Com
certeza essa situação concreta pode ser alterada com a adoção de política
ambiental adequada, baseada em legislação específica, a fim de padronizar procedimentos
para novas construções para ao mesmo tempo, proteger os recursos hídricos
subterrâneos e superficiais e facilitar o desenvolvimento correio dos projetos.
Medidas corretivas propostas incluem o sepultamento em caixas de concreto, a
drenagem das águas pluviais e o tratamento do chorume.
Conversando sobre o planejamento
Conhecer
a fundamentação teórica que embasa uma proposta para se trabalhar temas
transversais como saúde e meio ambiente, é o ponto de partida para o professor
compreender e buscar soluções para a melhoria do ensino de ciências. É aí que
se deve iniciar uma reflexão crítica e aprofundada da ação do docente.
Para
tanto, vamos refletir sobre a rotina escolar que o professor vive no seu
dia-a-dia, pois é nesse espaço que se devem discutir questões como a
organização curricular, o preparo de aula, a escolha de conteúdos, de material
didático e uma série de outros afazeres.
Refletir
exige um exercício interior. Para tanto pense no seu dia-a-dia e responda para
você mesmo:
· O quê
significa planejar e quais são as característicasl gerais de um planejamento?
· Quando você
faz o planejamento de uma aula, você permite alterações?
· Se você
desejar, o que poderá mudar no seu dia-a-dia? á
O
texto a seguir poderá auxiliá-lo nessa reflexão.
Nós planejamos?
A
vida diária das pessoas está atrelada a um planejamento. Vive-se planejando. De
uma maneira empírica ou científica, o ser humano planeja. Sempre que se buscam
determinados fins, relacionam-se alguns meios necessários para atingi-los.
Por
exemplo, se pensamos em fazer uma viagem, planejamos qual o meio de transporte
utilizaremos. Essa decisão envolverá vários critérios como o tempo, o preço,
entre outros. Isso de certa forma é
planejamento. Desta forma podemos identificar que o planejamento passa a
ser pensado como uma relação dialética
entre "pensar e fazer". Na escola, esse "pensar e fazer" deve
ser interpretado como o pensar e fazer que depende de ações de indivíduos, que
se concretiza numa ação coletiva e compartilhada da comunidade escolar,
considerando-se como comunidade escolar tanto a interna como a externa.
Muitas
vezes, esse planejamento na escola, geralmente tem sido concebido como uma
técnica especializada, cujo objetivo seria o de levar a bom termo o
desenvolvimento de uma instituição. Constata-se, muitas vezes, que o
planejamento tem sido conduzido como se fosse uma atividade "neutra",
sem maiores comprometimentos.
Outras
vezes, é apresentado e desenvolvido como se fosse um fim em si mesmo; outras
vezes, é assumido como se fosse um modo de definir a aplicação de técnicas para
obter resultados, não importando muito para quem.
No
ensino, o planejamento deve conter a proposta de trabalho do professor, a qual
poderá ser alterada de acordo com as adequações que se fizerem necessárias. Ou
seja, planejamento não será
apenas uma técnica. Ainda que seja, constitui primeiro e fundamentalmente a
instância de decisões políticas (pensar) capazes de consolidar e dinamizar
açôes que venham ao encontro dos interesses de uma coletividade.
Em
segundo lugar, deve contemplar açôes pedagógicas (fazer) que permitam a
implementação de decisões discutidas na coletividade da instituição.
Assim,
ao se discutir planejamento numa unidade escolar, deve-se levar em conta que
nessa organização há um coletivo de indivíduos que desempenham inúmeras
atividades, as quais por natureza que lhes é própria, requerem um processo no
próprio planejamento que possibilite a participação efetiva desse conjunto de
pessoas, que a princípio devem tomar decisões pertinentes aos fins a que se
propõe uma instituição educacional.
Essa
forma de planejar, irá refletir diretamente no trabalho individual de cada
professor, no seu planejamento em sala de aula.
Leia a seguir a sugestão de planejamento envolvendo
o tema biodiversidade.
Planejando uma aula:
Tema 1: Aspectos da biodiversidade local
A
ideia central para se trabalhar esse tema é fazer um trabalho de campo em torno
do conceito de biodiversidade. Dessa forma, em primeiro lugar, o que entra em
pauta de discussão o local escolhido para a visita, pois esse precisa
apresentar boas condições de
preservação e permitir que os alunos realizem seu trabalho. Evitar expor os
estudantes a riscos desnecessários.
É
importante que os professores envolvidos para desenvolver essa atividade,
façam antes um levantamento da bibliografia existente sobre o ecossistema, ao
qual pertence o ambiente a ser investigado.
Como
apresentar o tema de estudo
Iniciar
com a problematização, é uma forma de conduzir uma discussão sobre a
diversidade biológica e sua importância para a preservação da própria Terra.
Por
que é importante que haja muitos seres vivos diferentes, para que a vida
"em todos os aspectos", possa ser preservada no planeta?
Você
pode, nesse momento, utilizar-se de filmes e documentários para ilustrar essa
situação.
O
objetivo principal dessa atividade é propiciar aos alunos competências para ler
e compreender o conceito de biodiversidade, nos níveis de definição da
diversidade biológica, ou seja:
• Diversidade genética:
variabilidade intraespecífica de genes de uma espécie, subespécie, variedade ou híbrido.
• Diversidade de espécies:
variação das espécies sobre o planeta. E medida nas escalas local, regional ou
global.
• Diversidade de níveis
taxonômicos superiores a espécie:
variação de gêneros, famílias,
ordens, etc. numa determinada localidade.
• Diversidade de ecossistemas:
comunidade de organismos em seu
ambiente, interagindo como unidade ecológica. Ex.: mata de galeria, mata de
várzea, restinga, mangues, etc.
• Diversidade de biomas:
regiões biogeográficas definidas por formas de vidas distintas e por espécies
principais. Ex.: caatingas, cerrados, floresta tropical etc.
Fonte: TORRES, Hérnan A diversidade biológica, 1992.
Não
será necessário que o aluno saiba definir rigorosamente os conceitos acima
citados, mas é importante aprender a utilizar esses termos de forma adequada,
para que possa falar ou escrever a respeito do assunto. Entender que o conceito
de biodiversidade inclui todos os conceitos acima citados, também é importante para perceber a
abrangência do termo biodiversidade. Exemplo concreto está na classificação
dos mamíferos que, por sua vez, pertencem ao grupo dos vertebrados- animais que
possuem vértebras ou esqueleto, que formam um grupo com enorme diversidade:
peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos- são todos vertebrados.
Esses
mesmos seres vivos, habitam ambientes diversificados.
Escolha
do lugar para investigar
Envolver
os alunos nessa escolha facilitará a continuidade do trabalho, pois se
participarem na escolha do lugar a ser investigado a definição dos aspectos
que serão observados e registrados pode gerar curiosidade e despertar o
interesse em aprender.
E
de extrema importância que o professor conheça com antecedência o local a ser
investigado. Faz parte desse planejamento saber com antecedência que tipo de
bioma ou ecossistema pertence ao ambiente que será visitado. Incluir nesse momento, um espaço para pesquisa
em livros de biologia e ecologia, ou mesmo conversar com técnicos responsáveis
pela local escolhido.
Essas
informações deverão ser fornecidas aos estudantes antecipadamente para que
estejam preparados para observar e realizar registros.
Não
deixe de situar o local escolhido no mapa da região, fazendo a
interdisciplinaridade com a disciplina de geografia procurando descobrir o
tipo de relevo, altitude média, se existem rios ou não e outros aspectos
geográficos.
Preparando-se
para a investigação
Essa
é uma etapa importante e que deve constar no planejamento da aula, pois tem
como principal objetivo preparar os alunos para as etapas da investigação,
começando pelo processo de observação e registro do que for observado.
É
importante que os alunos selecionem o material a ser utilizado para esse
registro, como máquina fotográfica, folhas para desenho, caderno para anotar as
observações, lápis, borracha, etc.
Observação
e registro são uma forma de investigação. Converse com os alunos mostrando a
importância dessa etapa em uma investigação científica e que no local da
visita, esse registro permitirá documentar como se encontra o local e
compará-lo, por exemplo, com novas observações feitas algum tempo depois.
Observação
no local
Tudo
organizado, chegou o dia da observação do ambiente escolhido. Observar e anotar
são as principais habilidades envolvidas nessa atividade, é indispensável que
os alunos estejam preparados da
melhor forma para realizar essas tarefas. Antes de iniciar a observação
propriamente dita, divida a turma em equipes.
Oriente-os
que nessa observação, para que delimitem uma área e em seguida procurem nessa
área a maior quantidade possível de espécies diferentes de seres vivos
(animais, plantas, fungos - espécies de cogumelos). A equipe deverá encontrar
uma forma de identificar e registrar as observações, anotando o número de seres
vivos, as características, etc. Ao descrever o tipo de vegetal, por exemplo, é
normal que não saibam o nome da espécie. Oriente-os para que desenhem ou
fotografem o vegetal, colocando ao lado detalhes do tipo de folhas.
Orientar
os alunos para que façam o mínimo de interferência no local observado, ou
seja, evitar arrancar folhas ou flores, matar insetos, etc.
Socializar
as observações
Esse
momento é importante, para que as equipes apresentem seus registros aos demais
colegas. Oriente-os para que se preparem em relação à forma de se comunicar com
o grupo todo e de organizar as informações: tabelas, gráficos, esquemas, desenhos
ampliados, cartazes com pequenas frases,fotos, etc.
A
troca de informações entre os grupos possibilitará que as equipes comparem seus
registros, percebendo semelhanças e diferenças. A partir dessas comparações, é
possível definir algumas características comuns observadas e registradas pela
maioria das equipes.
(Professora): observe a possibilidade de se
trabalhar com objetivos específicos como por exemplo:
· aprofundar os conceitos de biodiversidadè, 'cadeia e teia alimentar;
·
estabelecer
relações entre os conceitos de biodiversidade, biosfera, meio ambiente,
ecossistema, população, cadeia ou teia alimentar e meio ambiente.
Expondo
para a comunidade escolar
Vimos
que ao planejar devemos interagir com a comunidade escolar, interna e externa.
Esse é o momento para convidar os pais dos alunos a fim de que conheçam os
resultados dos trabalhos realizados e, principalmente, possam observar o
produto desses trabalhos (desenhos, fotos, cartazes, murais, etc.). O
encerramento dos trabalhos com exposição para os pais, na qual as diversas
equipes apresentam seus resultados e explicam o que observaram, como fizeram o
registro, qual a conclusão a que chegaram, pode se tornar um acontecimento que trará recordações
da vida escolar, tanto para aluno
como para os familiares.
Tema 2: A água que utilizamos em nossa escola, qual o
consumo?
Planejar
trabalhar com esse tema, tem como objetivo proporcionar aos alunos uma reflexão
sobre o uso da água potável, considerando-se como questão principal de que
essa, chega até nós vinda de algum lugar. Possibilita-se, assim, uma reflexão
sobre as questões dos mananciais, a localização em relação a quem a consome,
ciclo da água, tratamento da água.
Envolver
os alunos com perguntas que levem à reflexão, como por exemplo:
•
de onde vem a água consumida na escola, direto da estação de tratamento ou
existe um reservatório no caminho?
•
que caminho segue na cidade o sistema de distribuição de água?
•
quanto se gasta para o tratamento da água que é consumida na cidade?
•
quantos litros de água a escola consome por dia? Esse total representa quantos
litros por aluno?
•
quantos litros de água contém o reservatório de descarga do WC (vaso
sanitário)?
Outras
questões poderão surgir à medida que o trabalho se desenvolve. Orientar os
alunos para a necessidade de se ter planejado formas de conseguir as
informações necessárias para resolver as questões.
Questões
relacionadas com o controle do consumo de água podem desencadear toda uma série
de problemas envolvendo medidas e cálculos. Por exemplo: - o que é um
hidrômetro? Como funciona, como registra as medidas? Como descobrir quanto a
escola consome de água por dia em média? O que significa o termo em média?
Preparação
da atividade
E
importante nessa etapa, selecionar textos, vídeos, que sirvam de motivação para
reflexões sobre o tema e as questões levantadas anteriormente e que tragam
informações importantes que ajudem o desenvolvimento do trabalho.
Pode-se
planejar uma visita a uma área de manancial e ao local de coleta da água.
Desenvolvendo
atividades
Conforme
o objetivo, discutir esse recurso renovável, água, determinando o consumo
diário (na escola).
O
primeiro desafio consiste em ler o consumo de água o hidrômetro, aparelho que
registra em litros o volume de água que passa por ele.
Verifique
antes qual tipo de hidrômetro está instalado na escola, pois existem os
hidrômetros digitais: cujas indicações do consumo da água empregam números, e a
leitura é direta; nos analógicos a marcação é com ponteiros e, nesse caso, é
preciso aprender como se faz a leitura.
O
desenvolvimento dessa atividade leva em torno de dez dias, tempo necessário
pára determinar o consumo diário médio.
Os
alunos poderão organizar uma tabela, colocando as datas do dia inicial da
pesquisa e dez dias depois. A quantidade de água consumida nesses dez dias será
a diferença entre a primeira e a segunda leitura.
Orientações
didáticas
Antes
de qualquer discussão, a primeira consideração deve estar relacionada à
realidade local. Avalie o que é prioridade discutir em relação ao tema: se é o
desperdício ou como a água chega até o local, se todos possuem água encanada ou
apenas uma minoria da população, para que esse seja um estudo significativo.
Deve-se levar em consideração o que é possível fazer e planejar de acordo com
as condições, procurando atingir o objetivo eleito.
Outra
forma de introduzir o tema é pedir que os alunos investiguem sobre o seu
próprio consumo de água e o consumo de água de sua família. Essa é uma forma de
trazer o tema para a realidade concreta dos alunos.
Qualidade
da água potável e saúde
Questões
referentes à saúde, estão diretamente ligadas à qualidade da água. Nesse
sentido, pode-se estender o estudo
levantando
questões que podem ser encaminhadas como projetos de pesquisas:
•
Existe algum tipo de tratamento dessa água antes de sua distribuição para a
população? Que tratamento? Quem faz?
•
São feitas análises periódicas da qualidade da água distribuída? Quais os
resultados dessa análise?
•
Existem casos de contaminação da água por agrotóxi-cos ou lixo, na sua cidade?
•
Qual o motivo de se colocar cloro na água distribuída à população?
•
Onde a água potável é armazenada na casa de cada aluno?
•
Que medidas podem ser tomadas para garantir a qualidade da água consumida por
cada um? Se a qualidade da água utilizada na sua comunidade não é satisfatória,
que medidas podem ser tomadas para solucionar o problema?
Lembre-se
professor(a), que estamos discutindo planejamento e algumas sugestões de como
trabalhar de forma integrada os temas. Para pesquisar esses temas, os alunos
poderão ser orientados a procurar a Prefeitura, os órgãos ligados ao meio
ambiente, a recursos hídricos, a saúde, a companhia responsável pelo
abastecimento de água da cidade.

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